domingo, 20 de outubro de 2013

Bullying e Ciberbullying



A palavra bullying provém da palavra da língua inglesa “bully”, que significa “intimidar”. O bullying caracteriza-se pela incidência de agressões físicas e psicológicas, chantagens, o uso de apelidos inconvenientes, geralmente destacando algum defeito da pessoa, a depreciação de objetos pessoais da vítima, insultos, acusações infundadas, críticas recorrentes sobre a família, a aparência física, a sexualidade, as crenças, a etnia, a classe social, o local de moradia e as características comportamentais da vítima. (Wikipédia, 2013)
        São atitudes ameaçadoras que dificultam ou até mesmo impedem um saudável desenvolvimento físico e emocional das vítimas. Quanto mais longa a exposição à agressão, maiores são os traumas provocados. A criança ou o adolescente pode apresentar sinais como irritabilidade, agressividade, introspecção, queda no rendimento escolar e até desenvolver síndromes, como a síndrome do pânico, e ter medo generalizado. Sendo assim, é preciso desenvolver atividades que previnam e diminuam a incidência desse tipo de violência nas escolas.

Essa imagem reflete o sofrimento da vítima do bullying, que muitas vezes busca o isolamento e a solidão.

A médica e autora do livro Bullying: Mentes Perigosas na Escola identifica algumas doenças que também aparecem devido a tendências pessoais, mas que podem ser resultantes desses relacionamentos conflituosos como a angústia, ataques de ansiedade, transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, além de fobia escolar e problemas de socialização. Segundo ela, a situação pode, inclusive, levar ao suicídio.
Lidar com o Bullying que ocorre dentro dos muros da escola não é tarefa fácil e torna-se mais árdua ainda quando acontecem casos semelhantes no mundo virtual. O Cyberbullying, como é denominado essa outra faceta do Bullying, costuma ser observado, por exemplo, em redes sociais, chats, e-mails de grupos e celulares. O ambiente virtual facilita e favorece a ação do agressor, uma vez que é possível agir no anonimato, ao omitir sua identidade, tornando difícil a sua identificação e colaborando para a impunidade.


Muitos agressores preferem praticar o ciberbullying, pois, numa atitude covarde, pode esconder-se atrás do anonimato das redes sociais.
Beatriz Santomauro (2010), jornalista da Revista Nova Escola, numa reportagem intitulada Violência Virtual, relata que:
Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender.
Inicialmente a jornalista relata que é bastante comum entre crianças e jovens a implicância, a discriminação, a colocação de apelidos,  e que as agressões verbais e físicas são frequentes. Diz, ainda que esse comportamento não é novo mas que há cerca de 15 anos  essas provocações passaram a ser vistas como uma forma de violência e ganharam o nome: bullying. A principal característica dessa forma de violência é sua repetição sem uma motivação específica.
A utilização da tecnologia por meio de mensagens negativas em sites de relacionamento, torpedos com fotos e/ou textos constrangedores para a vítima, o envio de e-mails ameaçadores ou Cyberbullying vem aumentando rapidamente aqui no Brasil.
Uma pesquisa feita em 2010 pela organização não governamental Plan com cinco mil estudantes brasileiros de 10 a 14 anos aponta que 17% já foram vítimas de Cyberbullying no mínimo uma vez. Desses, 13% foram insultados pelo celular e os 87% restantes por texto e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento. (NOVA ESCOLA, nº 233)



Quando detectadas essas situações de bullying ou Cyberbullying, a escola precisa tomar uma série de providências: investigar a questão, chamar a família para ouvir os relatos da criança ou do adolescente agredido, conversar também com o agressor e sua família, indicar o acompanhamento com profissionais competentes, além de tratar o tema com toda a comunidade escolar - equipe pedagógica, pais e alunos - através de discussões, vídeos, palestras.
Assistam a essa excelente reportagem exibida no Fantástico sobre a prática do bullying.




Disponível em: www.youtube.com/watch?v=XHEfAW9FIkw