domingo, 30 de junho de 2013

O papel da imagem no contexto contemporâneo

         Após a leitura  do texto A imagem como paradigma, de Luís Felipe Perret, a nossa turma de EDC 287 - Educação e Tecnologias Contemporâneas, da professora Maria Bonilla, discutiu o papel da imagem no contexto contemporâneo e analisou imagens produzidas em diferentes períodos da humanidade.
Então, resolvi pesquisar esses períodos e elaborar um texto para o blog.
       Os seres humanos passaram a se expressar através das manifestações artísticas há milhares de anos.
       No período conhecido como pré-histórico, os nossos ancestrais expressavam-se através das pinturas rupestres que fazia nas paredes das cavernas. Essas pinturas retratavam os animais e as pessoas, além de cenas de seu cotidiano (caça, rituais, danças, alimentação etc.). Expressava-se também através de esculturas em madeira, osso e pedra.































(A esse período seguiu-se o período conhecido como Antiguidade, sobre o qual ainda irei pesquisar).

Na Idade Média, praticamente todos os acontecimentos artísticos, científicos e culturais estavam ligados a manifestações religiosas. As obras de arte dessa época retratavam quase que exclusivamente imagens religiosas. Os artistas de muitas dessas obras são desconhecidos pois seus trabalhos não eram assinados. Não havia a preocupação em expressar a individualidade do artista pela assinatura, o que importava era a produção de obras que servissem ao propósito religioso.
A partir do século XV, com o surgimento do movimento histórico conhecido como Renascimento, as características individuais das obras passaram a ser valorizadas. Os artistas passaram a assinar as suas obras e, também, a retratar outras imagens além das religiosas, como paisagens, naturezas-mortas, retratos e autorretratos.  
Nesse período, o homem passou a ser visto pelo seu valor enquanto indivíduo e seu domínio sobre a natureza, realizado através das novas descobertas e inventos, é visto como um reflexo da inteligência que Deus teria dado somente à espécie humana. Na arte, novos métodos inventados para representar profundidade e, assim, dar a aparência de realidade a uma obra, tornaram-se regra até o século XIX. Era uma prática comum e lucrativa a pintura de retratos sob encomenda. Os artistas procuravam melhorar cada vez mais sua técnica para que suas pinturas e desenhos se parecessem com a realidade.

Paisagem de Canaletto.

A pintura renascentista Susannah and the Elders reúne diferentes métodos de representação do espaço em um suporte bidimensional.

No século XIX, com a invenção da fotografia, que reproduzia com muito mais eficiência a realidade, os artistas passaram a receber menos encomendas de retratos. Por mais que eles buscassem aprimorar sua técnica ou seu estilo não conseguiam alcançar a perfeição da imagem fotográfica quanto à reprodução fidedigna da realidade. Consequentemente, abandonaram essa preocupação e começaram a criar com maior liberdade imagens diferentes do real. A arte passou a representar a expressão pessoal do artista. Passou-se a pensar na possibilidade de gerar sensações e significados por meio das formas e cores utilizadas. Essa tendência ficou conhecida como “Arte Abstrata”. nesse tipo de arte são utilizadas formas e cores sem o compromisso com a representação da realidade visível (paisagens, cenas, flores, personagens).

Wassily kandisky. Primeira obra não figurativa, 1910.

Kandinsky. Composition IV, 1911

kandinsky. Improvisation XIX

No início do século XX, muitas invenções como o automóvel, a eletricidade e o rádio modificaram a vida das pessoas e sua relação com o mundo.
Entretanto, as manifestações culturais da época ainda estavam aliadas a um tradicionalismo literário e artístico baseado em modelos e valores importados da Europa, distantes, portanto, da realidade brasileira.
Neste período, um grupo de artistas e intelectuais de São Paulo, inspirados no movimento do Modernismo europeu, pensaram na necessidade de uma renovação cultural também no Brasil. Eles buscavam uma produção artística que rompesse com os modelos conservadores vigentes.
mecenas Paulo Prado, interessado nas ideias revolucionárias desse grupo de jovens artistas e intelectuais, influenciou barões do café, dentre outros, a patrocinarem, através de doações para o aluguel do Teatro Municipal de São Paulo, o evento chamado de Semana de Arte Moderna.
Do dia 13 ao dia 18 de fevereiro de 1922 ocorreu uma exposição de pinturas e esculturas, além de sessões literárias e musicas, que mudaram a história da arte no Brasil.

 Di Cavalcante. Capa do catálogo da exposição da Semana de Arte Moderna, 1922.

Alguns dos participantes do movimento do Modernismo brasileiro que ficaram mais conhecidos foram Mário de Andrade (1893-1945) e Oswald de Andrade (1890-1954), na literatura; Anita Malfatti (1889-1964) e Di Cavalcante (1897-1976), na pintura; Victor Brecheret (1894-1955), na escultura e Heitor Villa-Lôbos (1887-1958), na música.
As manifestações da Semana de Arte Moderna negavam e também satirizavam o gosto conservador e tradicionalista da burguesia paulistana.
As apresentações foram marcadas por muitas vaias. Os críticos dos jornais da época mostraram muita indignação com o que eles classificaram como "loucura". Apesar disso, houve apoio e adesões ao Movimento Modernista que rejeitava as tradições importadas, além de preocupar-se com a liberdade de expressão e a abolição de regras na arte.
Nomes importantes do Modernismo brasileiro que não participaram das manifestações da Semana de Arte Moderna, como Tarsila do Amaral (1886-1973) e Lasar Segall (1891-1957), aderiram ao grupo e criaram várias obras que representavam essas ideias.  


Victor Brecheret. Cabeça de Cristo (Cristo de Trancinhas), 1920.


Anita Malfatti. O homem amarelo, 1915-1916.




Tarsila do Amaral. EFCB Estrada de Ferro Central do Brasil, 1924.




Lasar Segall. Menino com lagartixas, 1924.



E como classificar as fotografias de Sebastião Salgado? Serão apenas fotografias ou é arte? Vejamos:





Plantação de chá. Ruanda, 1991 




Entrega de madeira. México, 1990 




Centro de órfãos do campo de refugiados de kilumba nº1. Zaire, 1994





 
Corpos empilhados por trator do exército francês em Kilumba. Ruanda, 1994
























  Jakarta - 1996  




 Trabalhadores da mina de ouro Serra Pelada, 1986



 
Vista total da mina de ouro de Serra Pelada, 1986


 Briga entre trabalhador e policial militar na mina de Serra Pelada – 1986


  
  Refugiados no Korem Camp – Etiópia – 1984
 
Algumas dessas fotos perecem pinturas! Pinturas em preto e branco.

Observação: Esta postagem está incompleta. Posteriormente acrescentarei mais informações.


 



 



terça-feira, 11 de junho de 2013

Brincando com a imagem



Na aula de hoje aprendemos a modificar imagens utilizando o GIMP que é um editor de imagem livre semelhante ao Foto Shop. Foi uma brincadeira muito interessante pois vimos que podemos modificar qualquer imagem, recortando, colando, acrescentando detalhes, escrevendo mensagens de texto, enfim, utilizando livremente a nossa criatividade e imaginação.
Só não sei o que diria a famosa pintora se visse o que fiz com a sua tela!

sábado, 1 de junho de 2013

Viva a Tecnologia!

Este vídeo tem tudo a ver com a disciplina Educação e Tecnologias Contemporâneas, é a música cantada por Gilberto Gil, Pela Internet. Gilberto Gil, como sempre genial!


 


Vídeo com a música Pela Inernet, cantada por Gilberto Gil.


Através da letra da música dá para criar diversos links, para aqueles que são iniciantes e não entendem o vocabulário relativo às diversas tecnologias. Realmente, o texto fica dinâmico e mais interessante.
  


Pela Internet           
Gilberto Gil

Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje
Que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki do meu velho orixá
Ao porto de um disquete de um micro em Taipé
Um barco que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer
Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut
Um grupo de tietes de Connecticut
De Connecticut acessar
O chefe da Macmilícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus para atacar os programas no Japão
Eu quero entrar na rede para contactar
Os lares do Nepal,os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar...

Pela internet (Gilberto Gil). Copyright by GEGE EDIÇOES MUSICAIS LTDA. (Brasil e América do Sul) / PRETA MUSIC (Resto do Mundo).













Foi Gil também quem cantou Parabolicamará mostrando como o mundo ficou pequeno com o uso das Tecnologias de Comunicação e Informação, as chamadas TIC's.



Parabolicamará           
Gilberto Gil

Antes mundo era pequeno
Porque Terra era grande
Hoje mundo é muito grande
Porque Terra é pequena
Do tamanho da antena
Parabolicamará
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
Antes longe era distante
Perto só quando dava
Quando muito ali defronte
E o horizonte acabava
Hoje lá trás dos montes
dendê em casa camará
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
De jangada leva uma eternidade
De saveiro leva uma encarnação
Pela onda luminosa
Leva o tempo de um raio
Tempo que levava Rosa
Pra aprumar o balaio
Quando sentia
Que o balaio ía escorregar
Ê, volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
Esse tempo nunca passa
Não é de ontem nem de hoje

Mora no som da cabaça
Nem tá preso nem foge
No instante que tange o berimbau
Meu camará
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará,
Ê
De jangada leva uma eternidade
De saveiro leva uma encarnação
De avião o tempo de uma saudade
Esse tempo não tem rédea
Vem nas asas do vento
O momento da tragédia
Chico Ferreira e Bento
Só souberam na hora do destino
Apresentar
Ê volta do mundo, camará


 
 
 
 
       Mesmo os lugares mais afastados, como as zonas rurais do país ou as tribos indígenas, por exemplo, não estão isolados devido ao uso das Tecnologias de Informação e Comunicação.
 
















Vejam também o vídeo com a música Parabolicamará, que encontrei no Youtube.







As tecnologias reduziram as distâncias e facilitaram a comunicação entre as pessoas e isso é, ao mesmo tempo, fascinante e assustador quando se pensa em termos de privacidade. 
.